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A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quem quer um mascote em forma de banda?


Ilustração: www.arsdesign.pt

Observando o que está sendo apontado como "novos valores", em nosso cenário musical, é de se temer o futuro de nossos ouvidos. Eu não vou nem me focar em questão de gênero, pois é uma questão de gosto, portanto, de cunho subjetivo, mas no bom e velho, (e esquecido), conteúdo.
 Atente-se em algumas bandas como Nx zero, Fresno e Restart. O que lhe vem a cabeça? As roupas esquisitas e os cortes de cabelo es...bom isso também é uma questão de gosto... pouco convencionais; em um primeiro momento; para quem é fã, alguma música chiclete. O primeiro impacto que tenta se causar, é no quesito visual e não musical, e possívelmente se trabalha mais neste campo, do que na produção de boas músicas.

 Estas bandas me parecem fruto de marketing de gravadora. Não me custa nada em acreditar, que diante da percepção de uma nova tendência no público jovem, se pegue uns moleques qualquer, coloquem alguns apetrechos que se identifique com este determinado público, se for necessário, e os lancem como o maior representante desta corrente. Não é mais a qualidade da música que determina o lançamento e sucesso de uma banda, é a capacidade que ela possui de se tornar um mascote de um público carente de referências.

 Antes que me perguntem qual é o problema do conteúdo destas bandas, eu respondo: é a repetição de assuntos repisados incansavelmente por outras bandas e gêneros; relacionamentos, exaltação do "eu" em relação a alguma adversidade, problemas do universo teen, tudo colocado de uma forma que nada difere das demais, sem nenhuma originalidade, não busca a interação de quem ouve, fazendo com que este reflita sobre o que está sendo dito, não se demonstra um posicionamento definido, uma visão, missão, valores, é apenas uma reprodução de megafone de sentimentos recolhidos a esmo, inerentes ao público que se destina.

 Partindo-se desta visão, de bandas direcionadas para satisfazer as necessidades de novos públicos, portanto, pode-se dizer, que não é mais a banda que cria seguidores, e sim ela que segue algum público, ela é "filha", produto deste público, a platéia é o determinante do que se aborda, sendo assim, fica notório a vacuidade de nós jovens.

 Tudo o que envolve criação, não sou favorável a seguir tendências, e sim criar tendências. Mas isto não se acha em qualquer boteco, e é necessário fazer dinheiro. Fazer dinheiro é se basear em fatos claros que criem uma certeza, para homens de negócios. O novo, é arriscado, pouco prudente, não pode ser considerado. Isto é o presente e o futuro.

 Descobrir verdadeiros artistas, é muito difícil quando gravatas, fazem o trabalho que deveria ser dos de violão.

Um comentário:

  1. Acredito que existem 2 tipo de profissionais nessa área: o primeiro é o calculista, ele observa as tendências e faz sua aposta no que tem maior probabilidade de render o retorno esperado (R$ logicamente), criando a moda; Já o segundo é o Artista criador e criativo, ele é a representação da inspiração e produz a verdadeira ARTE.
    Belo Texto Lennão!!

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