Seja bem vindo.

A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Divagações.

Foto: busquesempre.wordpress.com
Estou aqui transpirando, com o suor escorrendo da minha testa e fazendo meu nariz de trampolim. Estou procurando me desvencilhar, esquivar, despitar das eleições e não consigo. Estou com aquele problema típico das pessoas que escrevem, sente vontade de escrever, mas não vem nada. Só eleições. E eu não quero falar de eleições. Por quê? Por que está todo mundo falando disso. Ligo a Tv, me vem a cara reformada da Dilma, com um sorriso ensaiado, no colo de Lula; ele, com aquele aspecto de que a qualquer momento soltará uma tirada de bar, dizendo que se não fosse a Dilma, não teria chovido nos últimos anos, as flores teriam murchado e sido varridas da face da Terra e, o Coringão teria afundado e desaparecido antes de completar 100 anos. Tento me refugiar no rádio e, ouço a voz de José Serra, ouço um narrador com uma voz engraçada falar de José Dirceu, como se o eleitorado Lulista em sua maior parte, tivessem a mínima idéia de quem seja, e como se o partido do citado não tivesse Josés Dirceus para dar, vender e alugar. Uma máfia vai ganhar de outra, qual a novidade? É tedioso.

 Prefiro o método das divagações para me libertar. É fácil. Como não me vem nada, escreverei sobre o que vier na cabeça, mesmo os assuntos não possuindo ligação um com outro. É uma forma de escrever e esquecer da realidade que não gosto, me  escondendo das eleições. Se estiver também nesta fuga, pode me acompanhar por favor, fique à vontade.
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 Estava a vinte minutos tentando divagar, mas a igreja do lado da minha casa me impedia. Eu não consigo definir se é uma igreja ou um Karaokê coletivo. Eles só cantam. O tempo inteiro. E alto. Tem bateria, som potente. Não ouço um sermão da Bíblia. Isto me fez lembrar uma reportagem de jornal, se não me engano fora em o O Estado, que o barulho das igrejas tinha ultrapassado os decibéis dos bares, nos últimos anos! Imaginem se a cerva fosse liberada.
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 Me lembrei de uma idéia que tive, algum tempo atrás, sobre implementar aulas de direito e deveres trabalhistas no último ano de ensino médio nas escolas públicas.

 Os jovens, muitas vezes terminam os estudos sem ter a menor noção no que é ou não obrigado a fazer, o que ele tem de garantias, de direitos. Muitos são abusados no primeiro emprego. Claro que todo cidadão deveria naturalmente procurar saber destas coisas, e muitos não o fazem por pura preguiça, porém tem que se entender que muitos estudantes, ficam com a cabeça tão atulhada de assuntos, provas, vestibulares, Enem, concursos, etc, que fica difícil mesmo se concentrar no assunto.

 Uma aula por semana, nem que seja em um mês, em um período do ano específico, não seria mal.
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 A lei que obriga que todos as escolas devem ter uma biblioteca, já não era sem tempo. É até um absurdo ter que se criar uma lei, obrigando uma instituição de ensino ter uma biblioteca! Sendo assim, se é necessário que algo tão óbvio, tão lógico, precise de uma lei para se realizar, espero que futuramente leis como: "É preciso respeitar o professor", "É preciso punir com rigor alunos subversivos", "É preciso deixar a escola limpa e inteira", "É preciso reprovar quando se dá um zero", também entrem em rigor.
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 Pena que não tenho divagações suficientes para uma semana. Vamos torcer para ser decidido no primeiro turno, e tudo finda, os sorrisos, os discursos, os números. E então seremos solicitados a voltarmos paras as nossas tumbas, calados e preferencialmente felizes. Quem insistir em ficar e acompanhar o transcorrer de perto, será tratado como alma penada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Marketing Cultural.



Foto: wiltgen.com.br
   Marketing Cultural é todo patrocínio, investimento voltado para a manutenção, difusão e produção do campo cultural dos povos, cujo principal intuito é promover o posicionamento institucional das empresas, seus valores, sua visão, sua missão.

 O lucro que se espera, não é ao que estamos habituados a pensar, ao ouvir o termo, em tal investimento. O lucro é intangível. É poder demonstrar a contribuição e importância das instituições perante a sociedade; é buscar um vínculo, uma identidade com o consumidor, fidelizá-lo. É manter uma imagem positiva, respeitada, prestigiada, de credibilidade das instituições.

 O projeto que estou trabalhando no momento, se relaciona com o marketing cultural. Juntamente com o meu grupo, (Láurea Comunicações), a tarefa é desenvolver um plano de comunicação interna, no qual, transmita a mensagem que a empresa selecionada pela banca avaliadora, está patrocinando a 29º bienal das artes, que ocorrerá entre os dias 25 de Setembro à 12 de Dezembro. O objetivo, é passar para os funcionários quais são os valores que norteiam a empresa. Mas nas próximas postagens darei uma gama maior de detalhes sobre o projeto, e de como ele está sendo desenvolvido.

 Fico devendo uma sugestão de leitura sobre o tema, mas prometo postar em uma futura página que estou organizando para o blog, onde farei uma lista de livros indicados sobre os assuntos postados no que se refere a comunicação institucional.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Poderoso "mico".


Ilustração: www.portalangels.com/previsoes_mico.htm


Vou fazer uma confissão. Um constrangimento que carregava até um pouco tempo atrás, quando o reparei. Como sou um apreciador da 7º arte, não a ponto de me considerar um cinéfilo, mas a considero uma forma de entretenimento que deveria ser essencial para todos, juntamente com a leitura. Meus amigos não acreditavam que nunca assistira O Poderoso Chefão. Um me dizia:"Nunca assistiu o melhor filme da máfia de todos os tempos?!" e eu, cabisbaixo, dizia que sim. Argumentava que o cinema é uma arte tão rica, que é impossível algum mortal não passar a vida carregando um "mico cinematográfico", o que continuo achando.

 E sem contar as diversas referências e paródias em filmes e seriados. Mas de maneira inexplicável nada me fazia despertar sequer a curiosidade. E de maneira mas inexplicável ainda, ao longo de 2, 3 meses, ficou guardado no meu subconsciente e, que volta e meia emergia para o lado dos pensamentos claros em forma de imperativos, "Você tem que assistir esse filme!", assim de uma hora para outra.

 Evidentemente chegou o dia em que não resistir e aluguei,( é, eu ainda alugo), a trilogia para me fartar de Poderoso Chefão. Mesmo tendo conhecimento que a terceira parte não alcançara o sucesso das duas primeiras, principalmente da segunda.

 E bem, não sei se é o melhor filme da máfia de todos os tempos, até porque outro "mico" que carrego, segundo me dizem, é de também não ter visto "Scarface", estrelado também por Pacino. Mas sem dúvida, compreendi que era um mico de fato não tê-lo visto.

 Gostei muito da abertura do primeiro, o fundo negro e o rosto em close do personagem, como um monólogo, gosto muito de cenas assim, deve ser por isso que gosto tanto do formato de Provocações da Tv Cultura, valoriza muito o indivíduo e o conteúdo de sua mensagem. Devo dizer que gostei mais do primeiro do que do segundo. O segundo é de uma qualidade impecável, mas achei o roteiro do primeiro fabuloso; gostei da idéia do casamento e logo após o "começo das dores", e o seu encerramento como o início de um novo ciclo. O terceiro de fato é inferior às duas primeiras partes, mas achei que tomou uma direção acertada para o encerramento da marca, (que originalmente o plano era encerrá-la na conclusão da 2º parte).

 Para variar, Marlon Brando, Pacino e Deniro, estão fantástcos. Pelo que vejo, Hollywood jamais será a mesma quando estes atores, e muitos de seus contemporâneos saírem de cena, o mesmo para os diretores, a julgar o que ela apresenta como "novos talentos", com pouquíssimas excessões.

 Devo também tecer elogios a Francis Ford Coppola, a riqueza de detalhes que ele consegue imprimir ao retratar grupos humanos é ímpar, coisa parecida tive na literatura com Aluísio Azevedo e seu Cortiço, e Flaubert.

Se você viu um filme que considere um verdadeiro "mico", alguém não ter visto, poste comentando, gosto muito de ouvir sugestões.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Endomarketing.

Ilustração: i9mercado.blogspot.com



Endomarketing é o estágio seguinte do marketing interno, que aliás, há muita confusão na hora de definir os dois, muitos acreditam que se trata da mesma coisa. O que não condiz com a verdade, como veremos a seguir.

Lógico que o endomarketing se relaciona com o marketing, por se tratar de marketing voltado para dentro da empresa, mas há uma diferença de como a instituição é tratada nos dois casos.

Marketing interno visa a integração dos funcionários e dos setores das empresas, através da apresentação da empresa.

Explicar o processo de como desenvolve o produto ou serviço que a instituição fornece em cada departamento. É uma maneira de seu público interno prestar um atendimento mas eficaz,com informações seguras sem a necessidade de sempre se dirigir para algum superior, e perder tempo. É usado muito os "períodos de treinamento", principalmente para quem é ingressante na empresa, e dependendo do ramo de atuação haverá sempre a necessidade de implantar ferramentas ou até novos setores, o que exigirá o conhecimento, a atualização de seu público interno.

Esta medida se tornou necessária, após a percepção que os setores das empresas, viviam de forma isolada, fazendo com que os funcionários não tivessem conhecimento suficiente das empresas e do produto ou serviço onde trabalhavam, gerando um serviço ineficiente.

O Endomarketing por sua vez, pode ser considerado um passo adiante, depois de instaurado o marketing interno, pois o seu conceito é a realização de um conjunto de ações de marketing voltado para o seu público interno, visando compartilhar com os funcionários o objetivo da empresa, e os valores que ela prega, fazendo com que o funcionário se identifique com a sua cultura organizacional; passe a partilhar o mesmo objetivo; persuadi-lo a "vestir a camisa" da empresa, afim de poder servir o cliente; ter comprometimento total, sentir satisfação ao fazer seu trabalho, acarretando maior produtividade; enxergar o cliente, como o "seu" cliente.

Compreende que "objetivo" e "valores" é algo intangível? E quanto que o marketing interno trabalha com fatos que geralmente pode ser ver e sentir?

O modo como se aplica o Endomarketing será relatado em futuras postagens, pois é o projeto que estou engajado no momento. Mas volto a recomendar um livro para se aprofundar no assunto, que já me refei em postagens passadas, "Endomarketing, como prática-lo co sucesso", de Saul Faingaus Bekin, Ed Perason Education, 2006, 3º ed.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O mundo à revelia, Zona Leste.


Foto: estadao.com.br
  Dona Leste acorda sobressaltada, sente suas veias fervilharem, veias mal preservadas, veias que não conseguem conter o fluxo samguíneo, e começam a se aglomerar em diversas partes de seu corpo, formando bolhas horrorosas.
 Isto acontece quase todos os dias, às 5:00 da manhã, menos aos domingos e alguns sábados. Já fora há um médico, ele falou que o problema era a sua obesidade, deveria emagrecer e começar a andar nos trilhos, que por sinal era pra ter começado há uns vinte anos, ela e toda a sua família.

 Há! Detesta ouvir essa palavra, família! Toda vez que se reunem, se sente uma coitada. Suas irmãs sempre que contam uma história sentem a necessidade de explicá-la nos mínimos detalhes, até as coisas mais tolas, como se não fosse capaz de entendê-las, como se vivesse numa tribo isolada do mundo, sem acesso a informação. E semprem trazem comida, cobertores, produtos de limpeza, como se estivesse passando por uma necessidade extrema, quase mendigando. E fazem questão de saírem bem cedo de sua casa, olhando para os lados, temendo cada farol.
 Isto a deixa em um estado de nervos! Não nega a sua pobreza, e do lugar onde vive, não é orgulhosa, mas não aceita este quadro tão horrível que pintam.

 "A água é encanada, ninguém vai buscá-la em um poço e trazê-la em um balde sobre a cabeça. Há luz elétrica. Há bancos, eles conseguem se manterem aqui, sobreviverem aqui, não são saqueados, devorados por uma caterva. Há faculdades, a internet é conhecida. Há comércio, não trocamos nossos filhos por azeite. Há até regiões nobres, como Tatuapé e Anália Franco. Há grandes empresas aqui, não muitas mas existem. Há locais de lazer, eu mesma possuo um lindo quintal de 1.500.000 metros quadrados, considerado um museu do meio-ambiente; planetário, (que fica mais fechado que aberto é verdade), lagos, anfiteatro natural, cooper, ciclovia, campos de futebol, playgrounds, quiosques. Meu querido Pq. do Carmo".

 " Claro, existem lugares considerados melhores, e são mesmos, mas a vida é possível aqui. Quanto aos crimes, eles existem? Existem. Qual lugar que não existe? E até onde eu saiba, não foi preciso implementar toque de recolher."

 Ela senta no sofá, liga a Tv e, quase tomba no chão. A grande festa será em sua casa. Sua casa fora escolhida. " Mas como?! Ficaram malucos?!"
 Ao que parece o presidente da confederação brasileira do oba-oba, uma espécie de Al Capone futebolístico, ficou amuado com um presidente arrogante de um clube, mas progressista, ambos, indubitavelmente, e aconselhou a organizadora da grande festa a vetar o salão de festas deste clube.
 Mas "Al Capone" não age por impulso, ele tinha um plano. Influenciado por um presidente interesseiro de outro clube, sugeriu a casa da mãe deste, haveria patrocínio para o coquetel e os garçons.
 Mas precisaria da avaliação do prefeito e do governador. E não é que aceitaram. Há uma teoria que isto se deveu, porque o prefeito está com a popularidade em baixa, e o governador operacional, procurou atender uma recomendação do partido para tentar alavancar uma eleição perdida, e atender um pedido do presidente do clube mais popular do estado, seria uma boa jogada. Bobagem. Políticos não pensam nessas coisas.

Suas irmãs a parabenizaram, não acreditando até agora, e com a inveja contida. O que lhe deu grande satisfação, mas também medo. " Como colocarei tanta gente aqui em casa? A turma do meu filho eu não consigo comportar, imagine a grande festa? Não tem acesso o suficiente, não tenho quartos para tanta gente". " Não se preocupa mãe, vai ter investimentos, vamos construir um acessinho ali, outro aqui, uma reforminha aqui, outra lá, e a gente leva."
 "Tem certeza que isto foi bem planejado meu filho? Eu tenho medo de passar vergonha e depois as pessoas ficarem dizendo, 'que não poderia se esperar outra coisa'". "Claro que foi planejado mãe, ou acha que só fiz isso preocupado em ter uma casa que comporte meus amigos, me lixando para o evento, se vai ser um sucesso ou não, ou se a casa terá condições de tê-lo ou não? Acha que esse dinheiro todo vai ser gasto para amenizar um grande problema em vez de resolvê-lo? Nossos governantes são responsáveis mãe. A imagem da senhora ficará intacta, só melhorará!"

 Dona Leste não sabe se fica alegre ou aflita, mas agora já foi. É Zé Bebelo...o mundo à revelia.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A compreensão do que é Marketing.


Ilustração: ica-rj.com.br


 O Marketing alcançou uma importância, complexidade e extensão que, praticamente engloba todos os setores da empresa, ou visa a fazer isso, com o objetivo de satisfazer o cliente;  que se tornou área  fundamental.

 A abrangência referida, é pelas várias atividades que desempenha ou se viu obrigado a desempenhar, principalmente nas últimas décadas, onde o acesso a informação se tornou democrática e ágil de maneira surpreendente. O grau de exigência do consumidor se elevou conforme adquiria o poder, (informação), e passou a ser muito mais receptivo as ofertas de mercado, se, entendendo que possuiria ganho maior.

Consequência compreensível, e devo dizer até esperada, entendendo a ascensão capitalista que prega e valoriza o indivíduo, estimulando a competitividade e o anseio de ganho, obtenção de vantagem.

 Esse cenário modificou o posicionamento das empresas, que se resumiam apenas na produção e vendas do produto, entendendo que a fidelização do cliente era espontânea, devido a sua necessidade em relação ao produto.

 Com as crescentes transformações socias, novas bases familiares, credos, etnias, tendências efêmeras e frisando, o desenvolvimento da tecnologia da informação, as empresas compreenderam que a massificação no que se refere ao consumo, não obtinha mais resultados expressivos, devido a segmentação que se instaurou na sociedade moderna.

 A estratégia fora personalizar ao máximo a geração de produtos e o atendimento ao consumidor, o que culminou com o desenvolvimento e remodelação do marketing nas instituições. Passou a se exigir constante pesquisa de mercado, do consumidor à concorrência, e estratégias bem definidas de divulgação e distribuição. Antes, se pensava no produto visando atingir um público-alvo, agora, se estuda o público-alvo como premissa para a elaboração de algum produto. O Marketing se tornou uma ferramenta para criar vínculo com o cliente, e não mais uma mera atividade de propaganda.

Para reforçar este desenvolvimento do conceito de Marketing ao longo do tempo, cabe pinçar alguns conceitos construídos em determinados períodos.

 A palavra Marketing é derivada de uma expressão anglo-saxônica, que provém do latim, mercari,"que significa comércio, ato de mercar, comercializar ou, ainda transacionar", (Marcélia Lupetti, Planejamento de comunicação, 4º ed, Futura, 2003, pg 18).

Em 1960, a American Marketing Association, definiu Marketing como "o desempenho das atividades de negócio que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador".

 Roberto Simões, relata que outra forma de defini-la, é pelo aspecto "gerencial e de distribuição do produto, (Roberto Simões. Iniciação ao Marketing, 3º ed, São Paulo, Atlas, 1973, pg 22).

 Alguns autores se utilizam de duas palavras: Mercadologia, estudo de mercado; e Mercadização, colocação do produto no mercado.

No meu entender, a definição que mais evidência o desenvolvimento da conceituação de Marketing, (e a defini, portando, com mais precisão), devido a dimensão que alcançou, em relação a sua primeira definição de "comércio, ato de mercar", (seguindo ainda a teoria da fidelização devido a necessidade), e que mais satisfaz as atividades que carrega hoje, é do trecho da obra de Saul Faingaus Bekin, " Endomarketing, como praticá-lo com sucesso, ed Person Education, 2006, pg 24, ( Aliás, assunto para outra postagem), que apesar de não ser o tema central da obra, aborda o assunto. Vejamos:

 " Marketing é o processo que envolve concepção, produção, fixação de preço, promoção e distribuição de produtos ou serviços, com a finalidade de satisfazer as necessidades e expectativas do clientes.Como se vê, esse conceito engloba todas as atividades de uma empresa, quer se trate de uma indústria, quer de uma empresa prestadora de serviços"

 Recomendo a obra como leitura, aliás, todas as citadas, mas é preferível que se aprofunde neste assunto antes de conhecer o Endomarketing, assunto para outra ocasião.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O trunfo dos facínoras.


Foto: Ofelino.blogspot.com

 Em época de massacre eleitoral, é inevitável não nos encontrarmos, mesmo que por uma fração de segundo, reflexivos em relação ao universo que a maioria sente repulsa.

 Diante da comédia instaurada nas nossas Tvs, rádios, nas ruas, no lixo, de figuras que a gente sabe que não deviam estar ali, que sabemos que engordaram as nossas custas, vestem armanis que deveriam ser nossos, e que não seria sensato que se candidatassem, nem para chefiar grupo de escoteiros; além de outros que buscam ganhar a nossa simpatia se caracterizando como pobres, acreditando que é isto que o eleitor procura, pobreza no congresso, e não honestidade e competência, porque até onde eu saiba, estas duas palavras não escolhem classe social; perguntas como "o que fazer?", "Como higienizar a nossa política?", ou "Como garantir que não seja compuscarda?", vêem à tona.

 O discurso decorado, convencional, sempre surgirá como resposta da boca de algum cidadão, viciado em ingerir idéias, conceitos, tendências da grande mídia: "A culpa é do povo que não sabe votar", "Tem que votar com consciência", "Tem que pesquisar sobre a pessoa que se vota, enquanto o povo não não adquirir essa cultura, nada mudará". Verdade. A culpa é do povo. O povo não sabe votar. Não vota com consciência. Não pesquisa. Não ler. Mas por que tem que esperar o povo adquirir a cultura do voto conciente, ou acreditar que um dia isto ocorrerá? E quando escrevo "povo" é no sentido de maioria.

 A maior arma da picaretagem engravatada, e como já dito, da caracterizada, é a obrigatoriedade do voto. É a garantia que triunfarão. Trabalham com a ignorância do povo, da falta de informação, da falta de comprometimento político, de interesse. Por isso sempre se safam. Por isso sempre são eleitos.

 No Brasil, a esmagadora maioria, vota porque sabe que se não votar, pagará multa. Fato. Não votam porque estão preocupados com o futuro político do país, ou por considerarem política algo de muita relevância, votam para não sentirem os bolsos vazios.

Descrevendo a motivação, cabe descrever o raciocínio por trás do voto. Uns votam por simpatizarem com o enuciador do discurso, como se política fosse algo passional, e não racional. Outros votam por sentirem afinidade com um partido político, tratando-o como um clube de futebol; faça chuva, faça sol, roubem pouco, roubem muito, estão lá, votando, como se nós que devessemos criar um vínculo com os partidos, e não eles com os nossos anseios e necessidades.

 O primeiro ato que deveria ser oficializado, o ponto de partida para começar qualquer governo, é a reforma política, primeiro item: Não obrigatoriedade do voto. Votaria quem quisesse, que achasse importante. Reduziria o público nas urnas? Reduziria. Muito? Muito. E qual seria a vantagem? Apenas não obrigar não traria muitas,a compra de votos cresceria exorbitantemente, o resultado seria quase o mesmo. Sou a favor da qualificação do voto. Explico. Antes de votar, o indivíduo responderia pelo menos três perguntas que qualquer cidadão deveria saber sobre política, duas respostas erradas, nada de voto.

 Tenho certeza que apareceriam discursos como "elitização do voto", mas conhecimento, voltando a utilizar a expressão, não escolhe classe social. Esta medida até estimularia a busca de informação, de leitura. Os discursos vazios, a panfletagem, os números duvidosos, passariam menos desapercebidos.

 Campanhas massisas em rádio e TV deveriam ser extintas. Parte-se do ponto que, se o voto não é obrigatório, vota quem julgar importante, naturalmente o indivíduo buscaria informações sobre planos de governos, sobre partidos, candidatos, etc. Para quem disser que isto dificultaria muito o acesso a tais informações, a internet é o presente e o futuro.

 Quero deixar claro que a cobertura do noticiário político, continuaria intacta em todas as mídias, inclusive os debates.

 Ongs contra a corrupção, esqueçam o ficha-limpa, políticos sempre se acobertarão, e descobrirão maneiras de burlar as leis, vivem fazendo isso, e continuarão fazendo enquanto forem eleitos; ou os seus amigos. Pensem nisso, o voto massivo geralmente anula o voto quaificado, consciente, por ser a maioria, por se exigir apenas a presença e não o conhecimento e comprometimento. Este é o trunfo dos facínoras.