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A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arte real

Imagem: mesquita.blog.br/arte-pintura
É difícil expressar o que é arte, mas vou tentar. Para mim, arte é toda obra que causa reflexão e emoção nas pessoas, e que tem a capacidade de se estender para além de seu universo construído, afetando o universo estabelecido, impactando os seres que o vivenciam

 Existe a arte baseada na realidade, isto é, o espaço físico busca retratar a realidade que se vive, os personagens é um reflexo dos que vivenciam a realidade e os fatos e circunstâncias seguem  o mesmo caminho. Pode ser puramente descritivo de um fato conhecido, ou representar uma denúncia ou um discurso. Os 3 podem se misturar e formar uma unidade complexa.

Em um outro extremo, existe a arte de realidade imaginária, mas ainda assim baseada na realidade que se vive, cujo princípio é criar um universo singular com situações análogas do universo que conhecemos e causar um inevitável choque entre os dois. Também pode servir como plataforma de um discurso ou de uma denúncia social, só que através de alegorias.


Imagem: www.portalsaofrancisco.com.br

 E o terceiro é uma espécie de fusão entre os 2 primeiros, um universo físico fiel ao que vivenciamos, e circunstâncias parecidas ou idênticas a que estamos habituados, com personagens excepcionais; possuem as mesmas funções do estilo anterior, acrescido de poder tentar prognosticar um evento, ou de querer ser mais palpável, mas ligeiramente.

 As três têm o seu valor, e ser bem feitas cumprem com o seu papel de arte, mas ao meu ver, a primeira forma de arte que coloquei é a melhor, que gera mais impacto, pois é mais direta, desenha algo que estamos habituados em nosso cotidiano e a desnuda sem pudor, a arte em sua melhor forma, gerando discussão e reflexão instantânea. A descrição aproxima, a denúncia impregna e o discurso emociona.

 A segunda forma não me encanta desta forma, por que acho que perde contundência, uma vez que nos ambienta em um universo que não estamos acostumados, embora seja parecido. Me parece recurso de quem tem medo de discursar e se utiliza de alegorias como na ditadura, claro, a única saída e sabiamente utilizada no período. Mas se não vivemos em um estado repressor por que não a crítica ou o discurso aberto?

 A terceira me agrada, principalmente por que nesta está inserida as ficções científicas, mas gosto quando focam em um discurso tendo como princípio a realidade, e se explica através de alegorias, como Blade Runner, o caçador de andróides, quando focam em apenas descrever uma mera projeção de futuro, se auto carimbam uma data de validade ou de especulação fortuita se não houver embasamento em fatos.

 Mas é apenas uma questão de gosto e de opinião.

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