Seja bem vindo.

A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



domingo, 30 de janeiro de 2011

Imersão

 Esta música sempre me causa uma sensação de nostalgia de algo que nunca vivi, mergulho sempre que ouço...


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Propaganda criativa

 Veja esta peça publicitária criativa de uma marca de salgadinho russo....


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O valor do erro

Imagem: www.brasilescola.com

A filosofia moderna fora construída através do erro. Para Tales de Mileto o princípio de tudo era a água, para Anaxímenes era o ar, Anaximandro analisou que nem a água, nem o ar ou o fogo era o princípio, e sim um elemento neutro, que definiu como àpeiron, infinito em grego. Com o passar do tempo, séculos mais precisamente, percebeu-se o equívoco de tais afirmações.

 Hitler argumentava que o pluripartidarismo enfraquecia o Estado e que, o poder deveria ser centralizado para somente um partido e um chefe.A história demonstrou que todas as tentativas de centralização dos poderes levaram a impulsos autoritários, ferindo a liberdade das pessoas, se valendo da intolerância, desumanizando homens.

 Os setenciamentos do fim do rádio com o advento da televisão e, do meio impresso com a revolução da internet, se demonstraram prematuras e simplistas, pois o rádio é líder de audiência nas tardes ensolaradas de labuta, e grande aliado na tortura dantesca propiciada pelas cidades: o trânsito. A folha de São Paulo no domingo do primeiro turno do último pleito presidencial, teve venda histórica com apenas 2% da tiragem intacta em alguma banca misteriosa do Estado, sendo que normalmente a permanência de exemplares em bancas é de no máximo de 30%.

Imagem: www.nonio.uminho.pt

 Esses equívocos não foram em vão, eles não vieram e se foram sem trazer à luz alguma utilidade, eles ajudaram na construção ou na tentativa de se chegar a verdade. Os sábios da escola Jônica através de suas interpretações ingênuas sobre o princípio das coisas, contribuíram para a formação do que é hoje a filosofia, pelo simples fato de se poder contradizê-los, pois levantaram hipóteses, mesmo que errôneas, mas que puderam servir de comparação em análises futuras, e assim, se baseando pelo conhecimento e lógica de uma geração se construir uma verdade, tendo como princípio a praticabilidade de um provando a insuficiência do outro.

 Se o ponto de vista de Hitler desumaniza, fica claro que não é o caminho a se seguir pelos homens.

 Se a análise sobre o fim do rádio e do impresso se mostrou enganosa é sinal que é necessário um olhar mais aguçado ao se analisar o comportamento da sociedade.

 O erro é o melhor método de ensino que existe, até mesmo Deus, para demonstrar que o homem não tem condições de se auto-governar, lhe ofereceu um tempo pré-determinado para ser dono de si, certo de que o homem não obterá êxito, para que o homem constate o seu engano ao observar os seus erros e perceber o quão irrefutável é a razão de Jeová.

Imagem: bloglog.globo.com

 Quando percebo os erros se repetindo no Brasil, as tragédias sucessivas ocorrendo, e verificando a ignorância sobre o poder educativo e concreto do erro, cada um jogando a culpa em que está acostumado a jogar, a população nas autoridades, as autoridades na população - e veja só que desaforo - e na chuva! Logo ela, que nasce com o princípio de ser um alívio e um presente dos céus, para os dias escaldantes de verão serem mais suportáveis. Não há a humildade de se reconhecer que todo mundo tem culpa no cartório - menos a chuva - e que é necessário um esforço coletivo, para que Zé Ruela não seja porco e jogue o lixo no lixo e Dick Vigarista tenha senso e coragem de investir como se deve na contenção de desastres e na desabitação de áreas de riscos.

 Mas pelas vítimas circunstânciais que ouço, este pensamento não entrou em voga, é visto como discurso florido sem uso prático, o que me deixa mais desiludido com o Brasil, pois o admirável mundo novo de Huxley se demonstra cada vez mais inevitável.


 A queda ensina, mas para o brasileiro é só um motivo de o carnaval se fazer necessário com o seu efeito embriagante.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sustentabilidade

 É um assunto muito discutido, muito divulgado, mas pouco esclarecido. Ouvir o termo sustentabilidade, sempre nos faz lembrar do "verde", e de outras palavrinhas manjadas como "desmatamento", "preservação", "poluição". Não que o que elas representam ou significam não tenha relação com o assunto, sim, tem a ver com o assunto, mas sustentabilidade não se restringe apenas ao aspecto ambiental. Vejamos algumas definições:

 Sustentabilidade = forma de pensamento sistêmico, relacionado à continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

 Para ser sustentável é necessário cumprir com os seguintes requisitos:

- Ecologicamente correto;
- Economicamente viável;
- Socialmente justo;
- Culturalmente aceito.

 Percebe que o componente ambiental é um dos requisitos? Não basta se comprometer com o aspecto ambiental, se a organização gerar desigualdade na comunidade que está inserida, por exemplo, tirando de uns e se enriquecendo. Imagine sustentabilidade como "equilíbrio", todas as ações tem que visar a harmonia de todos os requisitos citados, uma vez que um dos extremos fica enfraquecido, a sustentabilidade desmorona.

 Outra definição, em palavras mias simples, e nem por isso equivocadas é:

 Sustentabilidade =  ambiental, social, econômico.
Viver a geração no sentido de produção e consumo sem prejudicar a geração futura. Consumo responsável.

 Coloco 5 tratados que ajudaram na construção do conceito de sustentabilidade caso queira algo mais detalhado:

- Natural step;
- Agenda 21;
- Pacto global;
- Projeto sigma;
- Princípios globais de Sullivan.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Por que ler se tornou difícil?

Imagem:  diassarquis.blogspot.com
 Por que estamos, (e quando digo "estamos" me refiro especialmente aos jovens), viciados em velocidade, voluntária ou involuntariamente.

 Nossa sociedade exige a velocidade, pois ela é tida como elemento fundamental para se diferenciar da concorrência e angariar lucros. Nossos trabalhos exige a velocidade, o aprendizado quando precoce é visto como algo positivo, pois significa carga de conhecimento adquirida antes dos demais que lhe confere vantagem.

 Com o trabalho e estudos ocupando a maior parte de nosso tempo, o entretenimento se tornou mais ágil, a Internet é a representante maior.

 Antigas formas de lazer acompanharam essa velocidade, seja por imposição da nova sociedade ou pela necessidade de renovação. A música se tornou uns retalhos de sons degladiando-se entre si por um espaço breve de pouco mais de 2 minutos, adicionando as imagens de cortes abruptos passando diante de nossos olhos como passantes de uma metrópole ensandecida pelo ter.

 Os filmes perderam muitas linhas, e as poucas que sobraram são repisadas, tocadas incessantemente como uma tecla de piano cujo som agrada a plateia, dezenas, centenas, milhares de vezes, até por fim o público exigir outra, mas não pedindo um concerto, mas uma tecla de cada vez.


Imagem: ningummeentende-kassya-kassya.blogspot.com

 É um caminho natural. Habituados a viver "na correria" expressão comumente usada, necessitamos de brevidades e de algo que nos mantêm despertos. E os livros nesse sentido é uma espécie de charrete em um autódromo. O seu prazer não é instantâneo, pois exige tempo e carga de informação para configurar o prazer, necessita que o cidadão urbano de nosso século deixe a sua rotina de vícios que está habituado, com dezenas de sons e imagens de outras plataformas instantâneas, cuja carga de informações é do tamanho de um iceberg, para uma situação que lhe oferece pedrinha por pedrinha de gelo, para se formar um todo. Voltando ao autódromo, é como estar habituado com uma Ferrari e enfrentar a realidade de uma caminhonete. Essa lentidão necessária se torna penosa para a geração computadorizada de meados dos anos 90 em diante.

 E não é só os livros que enfrentam este problema, o teatro e palestras ficam em uma situação difícil também. Lembro que assistir uma palestra sobre a 29º bienal na universidade, e ela começou bem, com a apresentação de vídeos e de imagens, mas depois se tornou um monólogo, e por mais interessante que estivesse, a sonolência contaminou o público, (repleto de jovens), e começou a se esvaziar pouco a pouco. É necessário a utilização de várias ferramentas pra prender a atenção, caso contrário o processo de comunicação não obterá Êxito. O teatro, com os seus orçamentos baratos oferecendo uma enxurrada de monólogos não ajuda, sem contar o problema de custos para o público, o que já atinge outro assunto.

 Os jornais se saíram bem procurando se assemelhar com a Internet, embora não sei se posso dizer o mesmo em relação a qualidade da informação.

 Eu tive sorte. Tive uma infância cercada de leitura, que me faz não penar tanto para ler um livro ou qualquer outra coisa, e muitos de minha geração também, sinal que há esperança para a criação de uma geração mais leitora, desde que seja estimulada desde o princípio.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nível de percepção da cultura

 Neste post, coloco as 3 formas de percepção que podemos vislumbrar sobre a cultura de uma empresa, que são:

Cultura manifesta: comportamentos, linguagens, tecnologia.
 Esta é a visão de quem está fora da empresa, de como a empresa quer ser vista pelo público-alvo. Exemplo: Vamos analisar a Mtv, o público-alvo dela é o jovem, então ela quer parecer jovem para atrair este público, seus apresentadores são jovens, (ou são de estilo jovem), o figurino que utilizam é moderno, usa do humor nonsense e escrachado na sua programação, cenários engenhosos, muitas cores quentes, enfim, cultura manifesta é aquilo que podemos enxergar de imediato em um primeiro olhar.

Valores expressos: como a cultura se auto-explica.
 É o olhar de dentro da organização. Quais são as práticas que se realizam, os hábitos, os costumes, se exerce um poder coercitivo, utilitário ou normativo,(mais detalhes sobre no arquivo do blog, "o poder nas organizações").

Premissas básicas: fundamentos da cultura, ideais compartilhados, crenças, o que está enraizado na cultura, mas que a pessoa não percebe.
 É a raiz profunda. Algo muito particular do idealizador ou idealizadores da organização. Imagine que todas as maneiras de ser e de agir da empresa, se desenvolveu a partir de uma premissa, crença, valor, que sem este valor a empresa ficaria descaracterizada, embora a maioria dos funcionários não saiba o que seja ou consigam explicá-lo, somente o seu idealizador. Que para quem está do lado de fora ou exerce um cargo na instituição, e que não conheça essas premissas não é tangível, explicado, simplesmente existe e precisa ser executado.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A vida segundo Maslow

Imagem: Wikipédia
 Fisiologia: Apesar do crescente apoio dos quatro (ou três se você quiser) poderes à inversão de valores e a juventude inversa a parte da homeostase, esta é base da pirâmide, o necessário a manutenção da vida. Salvo sexo (tenho dúvidas enquanto isso) e a homeostase, podemos morrer por não atender a estes itens.
 Segurança: O fato de nos protejermos em casa, seja dos "bandidos" ou dos "policiais", indica esta faixa da pirâmide. O impulso de preservação do nosso corpo (a segurança dele) leva-nos a atender os dois primeiros itens de parte inferior da pirâmide. Pela segurança trabalhamos, guardamos, conservamos, reservamos e também por isso tememos e somos egoístas.
 Amor/Relacionamento: Gosto de pensar que nos relacionamos com tudo (o tempo todo), pois por mais que alguém se isole da sociedade ainda está em contato com o ambiente ao seu redor. Improvavél, mas não impossível, alguem conseguir atingir a Estima e a Realização Pessoal isolado das outras pessoas, além de que estas etapas estarem diretamente ligados à outras pessoas. Mesmo se a realização pessoal for este isolamento, pois ter uma companhia, estar em companhia prazerosa, gerar primogênitos e ter intimidade sexual são impulsos primários, biológicos do "ser-humano". No fim estaria apenas "pulando" uma etapa, se é que isto é possível.
 Estima: Se conseguir suprimir as necessidades de Amor/Relacionamento já é difícil, aqui piora. Apesar que há pessoas que aparentemente nascem com auto-estima e confiança de sobra, mas isso é outra coisa. Pode não parecer que não, mas a maioria das pessoas estão neste degrau da pirâmide.
 Realização Pessoal: Enfim, aqui encontra-se as pessoas realmente felizes? Talvez pelo contrário, mas suponhamos que sim. Ao realizar-se, completa-se a homeostase, entra-se em pleno equilibrio com o ambiente em que se vive. Talvez por isso seja dificíl. Um pessoas que atinge a realização pessoal está em dia com sua saúde mental.
 Taí um pequeno resumo, sob meu ponto de vista subjetivo, sobre a Hierarquia  das Necessidades proposta por Maslow, críticas sobre a teoria a parte, saber disto ajuda a constituir uma vida melhor.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arte real

Imagem: mesquita.blog.br/arte-pintura
É difícil expressar o que é arte, mas vou tentar. Para mim, arte é toda obra que causa reflexão e emoção nas pessoas, e que tem a capacidade de se estender para além de seu universo construído, afetando o universo estabelecido, impactando os seres que o vivenciam

 Existe a arte baseada na realidade, isto é, o espaço físico busca retratar a realidade que se vive, os personagens é um reflexo dos que vivenciam a realidade e os fatos e circunstâncias seguem  o mesmo caminho. Pode ser puramente descritivo de um fato conhecido, ou representar uma denúncia ou um discurso. Os 3 podem se misturar e formar uma unidade complexa.

Em um outro extremo, existe a arte de realidade imaginária, mas ainda assim baseada na realidade que se vive, cujo princípio é criar um universo singular com situações análogas do universo que conhecemos e causar um inevitável choque entre os dois. Também pode servir como plataforma de um discurso ou de uma denúncia social, só que através de alegorias.


Imagem: www.portalsaofrancisco.com.br

 E o terceiro é uma espécie de fusão entre os 2 primeiros, um universo físico fiel ao que vivenciamos, e circunstâncias parecidas ou idênticas a que estamos habituados, com personagens excepcionais; possuem as mesmas funções do estilo anterior, acrescido de poder tentar prognosticar um evento, ou de querer ser mais palpável, mas ligeiramente.

 As três têm o seu valor, e ser bem feitas cumprem com o seu papel de arte, mas ao meu ver, a primeira forma de arte que coloquei é a melhor, que gera mais impacto, pois é mais direta, desenha algo que estamos habituados em nosso cotidiano e a desnuda sem pudor, a arte em sua melhor forma, gerando discussão e reflexão instantânea. A descrição aproxima, a denúncia impregna e o discurso emociona.

 A segunda forma não me encanta desta forma, por que acho que perde contundência, uma vez que nos ambienta em um universo que não estamos acostumados, embora seja parecido. Me parece recurso de quem tem medo de discursar e se utiliza de alegorias como na ditadura, claro, a única saída e sabiamente utilizada no período. Mas se não vivemos em um estado repressor por que não a crítica ou o discurso aberto?

 A terceira me agrada, principalmente por que nesta está inserida as ficções científicas, mas gosto quando focam em um discurso tendo como princípio a realidade, e se explica através de alegorias, como Blade Runner, o caçador de andróides, quando focam em apenas descrever uma mera projeção de futuro, se auto carimbam uma data de validade ou de especulação fortuita se não houver embasamento em fatos.

 Mas é apenas uma questão de gosto e de opinião.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O poder nas organizações

 Existem 3 modelos de poder que as organizações seguem, que são: o coercitivo, o utilitário e o normativo.


Poder coercitivo = coerção, ameaças, punição, intimidação.
É um modelo de exercer o poder se utilizando da força, com rigor, de obter resultados através da total obediência do subordinado, o enquadrando e punindo severamente caso descumpra alguma regra.

Poder utilitário = remuneração, benefícios maiores, (dinheiro), se seguir a regra, prêmios, vantagens.
Este modelo busca estimular a produção e o cumprimento das metas, se valendo do individualismo, quem mais produzir mais ganhos obterá, claro, desde que cumprindo as regras.

Poder normativo: Normas, acreditar,(ter fé), na norma.
Modelo que se baseia inteiramente nas normas para a condução dos trabalhos no dia-a-dia, a expressão popular "ame-o ou deixe-o" se aplica perfeitamente aqui.

 Coloco também, os tipos de consentimentos que cada um desses modelos de poder tolera. Mas coloco antes os tipos de consentimentos existentes:

Alienado = Não se importa com a organização.
Calculista = Toma-lá-dá-cá = envolvimento = ganho.
Engajado = Dedicação = amor = organização = casa = defende valores e princípios da organização = trabalha até sem receber.

Relação:  
 
Poder         -    Consentir
Coercitivo   -    Alienado
Utilitarismo  -   Calculista
Normativo   -    Engajado

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O motivo é um só

Imagem: wallpaper.com
Anos depois, e ainda não me conformo com as mudanças ortográficas ocorridas em nossa língua. Uma besteira. E o pior de tudo é ouvir as argumentações.

 É dito que as mudanças objetivam facilitar o entendimento da escrita, considerada difícil e envelhecida, e por isso causa dificuldade para colocar em prática o seu bom uso. Mas que conversa fiada! O que torna a escrita difícil para muitos, é a falta de leitura, podem alterá-la quantas vezes quiserem, abolir todos os acentos, hífens, as vírgulas, os pontos e vírgulas, as exclamações, interrogações e os pontos finais, se o sujeito não parar de ver nego ruim de bola por um momento, e não ler um jornal, revista, ou um livro, essas mudanças não servem de nada.

É tão óbvio. O caboclo aprende a escrever lendo, e não pela simplificação de regras, regras ajudam, são instrumentos de apoio, mas o fundamental é a leitura.

 E incentivo a leitura cabe as políticas de governo, que jamais priorizaram a educação no Brasil, e isso sim tem que ser modificado.

 Sou frequentador de sebos, eles repletos de ortografia "velha" jamais perderão seu charme para mim, o que me faz causar confusão na hora de aplicar essas mudanças idiotas, devido o costume de uma vida inteira de escrever e ler de determinada forma, e que continuarei a ler por muitos anos.

Para justificá-las também usam a velha argumentação que a língua precisa acompanhar a modernidade, o que concordo em relação a inclusão de novos termos, mas não entendo onde a modernidade obriga causar estas mudanças que não trouxeram nenhum benefício, afinal, qual a vantagem Maria e João leva?

 Mas é ingenuidade pensar, que as mudanças se deram motivadas única  e exclusivamente pelo desejo nobre e límpido de ajudar quem precisa. O fato, a argumentação principal já fora exposta,mas espertamente disfarçada como argumentação menor, secundária, através de poucas linhas e tom de voz cuidadoso, brando. O dinheiro, sempre o dinheiro! Sempre, sempre, sempre, sempre. Prostituiu a música, os livros, o cinema para construir a babilônia horrorosa que chama de mundo POP, e agora até a língua sofre da gana do devorador irracional. As mudança ocorreram para facilitar o comércio entre descoberto e descobridor e com alguns países da África, a ideia é assemelhar as duas línguas o máximo possível, para facilitar a venda de livros por exemplo. Não há outro motivo, o resto que é despejado como argumento é puro anestésico antes de usar a navalha.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A filosofia da vitória

O capitalismo nos diz que devemos vencer, instigando a competição, aflorando os que há de pior nas pessoas.
Isso todos nós sabemos. Suponho. Mas o que poucos param pra pensar é que pra haver um vencedor  alguém tem que perder, e isso ninguém quer, salvo os depressivos de toda ordem, apáticos e os conformados com a derrota diária.
Não há maneira de todo nós vencermos na vida, pois se todos vencerem ainda seria uma vitória? Acho que não.
Mas não culpe o capitalismo, ele faz a parte dele, mas nossos ancestrais primitivos já competiam, entre si e contra a natureza. Então será que podemos dizer que lutar por algo, competir pelo melhor para si é natural?
O egoísmo é natural do "ser-humano", pense numa conversa cotidiana, tente lembrar da maioria dos tópicos desta conversa, agora pensa em quantas vezes você citou algo como "eu vi, eu li, eu ouvi, eu acho", mas não é só isso, há suas derivações "minha, meu". Constantemente tentamos forçar a nossa vontade nas outras pessoas que nos cerca.
Vencer é um vício, uma maldição, raramente competimos com intuito de perder. Todos nós queremos vencer, fato, mas você será favorecido quanto menos se importar com a moral ou bom senso, preferencialmente não os tenha.
Para haver um vencedor há de ter um perdedor. é filosófico, ninguém vence competindo sozinho, é relativo, para você ser melhor, tem que ser comparado a outro. Relatividade, algo que completa a vitória, e vivemos comparando tudo e todos a todo momento, inconscientemente que seja, ainda mais num mundo pós-moderno. Mas a comparação em si não é o problema, a constante insatisfação em que nos acostumamos perpetuado à gerações faz parecer que é algo natural. Aceitamos o sistema em que vivemos, na esperança de sermos favorecidos quando estivermos no lugar daqueles que detém o poder e o capital.
Pensando neste assunto lembro-me da frase: "Para conhecer a verdadeira natureza do homem, dê-lhe dinheiro e poder."