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Estou tentando escrever posts mais otimistas, mostrar coisas positivas, exercer o elogio, para não ficar com cara de velho e chato que apenas ver o lado ruim das coisas. Mas não tem jeito. O absurdo está proliferado, e por mais que eu não queira notá-lo, é impossível não percebê-lo.
A última é essa: Em um artigo publicado na edição de domingo do jornal Folha de São Paulo, 30 de Janeiro, de Luiz Carlos Silva e Miguel Nagib, se colocou em pauta se "a escola tem o direito de dizer aos nossos filhos o que é 'verdade' em matéria de moral?".
A discussão surgiu porque pais de alunos de escolas públicas do Recife, protestaram contra um livro de orientação sexual do professor Marcos Ribeiro. Leia trechos do livro:
"Olha ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?
Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro".
"Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clítoris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado porque é gostoso".
Só um pequeno detalhe: as crianças no caso, estão na faixa dos 7 aos 10 anos de idade.
Conforme está escrito no artigo, coloco o trecho ainda mais polêmico e foco central do debate:
" Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a vulva, porque é gostoso. As pessoa grandes dizem que isto vicia ou 'tira a mão daí que é feio'. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que esta brincadeira não causa nenhum problema".
Bom, eu amplio o debate, acho que tudo que fora exposto deve ser lamentado.
Primeiro que dos 7 aos 10 anos, não é a fase para a maioria, da puberdade, e toda conversa que tocar neste assunto deve ser tratada de maneira superficial, lúdica. Uma vez que crianças perdem a inocência ao olhar para o seu corpo e a do sexo oposto,elas deixam de ser um pouco crianças, e eu não vejo ganho ou vantagem nenhuma nisso. Uns logo defenderão que é necessário tratar do assunto de maneira aberta, até para protegê-las, a época em que vivemos exige isso, são tempos que o liberalismo é necessário para com alguns temas.
Imagem: alfredojunior.wordpress.com |
Será que o professor Marcos Ribeiro acha saudável crianças darem à luz a outras crianças? Crianças abortando? Se não, será que ele acha que a linguagem que utiliza para com este público e seus conselhos, (de não ligar para a opinião dos pais, é um conselho certo?) , ajudam a reduzir este cenário no País? Será que alguém acha?
Acho que o argumento do liberalismo ser necessário, por estar em sintonia com as necessidades que a época vive, abriga tanto bom senso, como libertinagem, e é necessário saber separar um de outro com uma dose de puritanismo, que apesar de muitos acharem, não é sinônimo de "inadequado".
No meu modo de ver, a forma que se abordou o assunto fora totalmente inadequada e fora de hora, e de péssima influência.
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