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A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Infelizmente Secundário

Foto:  teresacristinaflordecaju.blogspot.com/2009/11

 Dois dias depois do lenga-lenga eleitoral, é sábio tirar umas "férias" do assunto, e você não vai conseguir isso lendo os jornais, se não gosta de ler apenas os cadernos de esportes e variedades. Televisão a noite? Nem pensar. Rádio? Se consegue viver com as Fms, neste caso, é uma pessoa de sorte.

 Seria sábio, portanto, este humilde blogueiro, que também procura tirar "férias" do assunto, visando este público saturado como eu, não tocar no assunto. Mas raios! Tudo que penso ou me interesso, esbarra nas eleições. Eu procuro evitar, mas inesperadamente ela aparece com um sorriso matreiro, ao ver seu triunfo expressado em meu rosto. Até em aulas de raciocínio quantitativo ela aparece.

 Desta vez ela apareceu enquanto lia um artigo de Barack Obama, (dispensa apresentações, certo?), escrito para o Whitehouse.gov, disponível para assinantes do Mcclatchy Tribune News Service, reproduzido na edição de domingo de O Estado de São Paulo de 5 de setembro. Na verdade, o assunto apareceu enquanto pensava sobre. O artigo é sobre as intenções do governo Obama no investimento em educação, no acesso dos estudantes para o ensino superior, e de sua importância para o progresso do País. A meta,é que até em 2020, os EUA, seja o País com o maior número de estudantes formados no mundo. O que me fez pensar nas propostas de governo da festa da "Embromação".

 Nenhuma das campanhas presidenciais tinha como foco a educação. Ela sempre foi tratada como um assunto menor, que sempre que abordada recebia propostas vagas. "Vamos melhorar a educação", "Vamos aumentar os salários dos professores", "Vamos construir mais dezenas de escolas"; Sem explicar COMO ocorrerá a melhora do ensino, de ONDE virá os recursos para o aumento de salários, e se bolso cheio apaga incompetência e deficiência profissional, e PARA QUE dezenas de escolas sem conteúdo? Explicações vagas em relação a vários assuntos, aliás.

 Percebo que no Brasil são poucos que enxergam na educação, algo mais do que cadernos, lousas e giz. O último político que vi dedicar atenção especial no assunto, fora o Sr. Cristovam Buarque, anos atrás, o que é muito pouco. Educação é um elemento de transformação de uma sociedade, é responsável por agregar valores, formar cidadãos, gerar conhecimento, progresso.

O progresso no Brasil é visto apenas como construção de estradas, prédios, empresas, etc. O que adianta estradas, se não investimos na educação de quem as usa, que matam e morrem todos os dias nelas? Ou de quem a constrói que fez de maneira equivocada? O que adianta prédios e empresas se mal gerenciadas ou necessitando de mão-de-obra estrangeira qualificada? Para quê reforma de praças, monumentos, pontes, se quem as usa as depredam, ou desconhecem a história de quem se exalta? Por quê a prioridade é investir no inanimado, que logo será trocado ou reformado, em vez de investir no humano?

 A Coréia do Sul, fez isto e se deu bem. Muito bem. Obama tenciona fazer isso e se conseguir se dará bem. Todo mundo sabe disso, inclusive nós brasileiros. Uma matéria publicada pelo JT, na edição de domingo, 12 de setembro, aponta que o investimento em educação nas classes C e D aumentou pela primeira vez desde 1999. Reflexo da importância que todos sabem que a educação possui, e de quantas portas pode abrir. Menos para a nossa classe política.

 O Prouni é um bom programa, mas não é a solução. Se não se investir na educação como um todo, na qualificação de professores, infra-estrutura das escolas, e fazê-las respeitáveis novamente, o Prouni jamais poderá deixar de existir, porque  a nossa geração que necessita será substituída por outra mais nova e com os mesmos problemas, que acredito não ser o ideal.

Mas pelo visto, continuaremos a investir somente no concreto, e não em quem o usa-o para trabalhar, que acarretará em atraso no crescimento, na diminuição das filas de desemprego, na segurança de nossas ruas e casas, ( sem conhecimento, necessidade, necessidade, atitudes extremas, egoístas ou de sobrevivência), na diminuição da pobreza, da miséria. Ficaremos empacados, ou melhor, (o momento é oportuno), ficaremos no EMPAC.

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