Seja bem vindo.

A verdade pragmática é aquilo que é real de um sistema de valores, mas como verdade e realidade não são sinônimos, buscaremos, a partir da nossas verdades e realidade, trazer textos sobre tudo. Este blog também abordará assuntos acadêmicos referentes à psicologia e comunicação institucional. E com o tempo esperamos adicionar mais assuntos através de outros colaboradores.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Poderoso "mico".


Ilustração: www.portalangels.com/previsoes_mico.htm


Vou fazer uma confissão. Um constrangimento que carregava até um pouco tempo atrás, quando o reparei. Como sou um apreciador da 7º arte, não a ponto de me considerar um cinéfilo, mas a considero uma forma de entretenimento que deveria ser essencial para todos, juntamente com a leitura. Meus amigos não acreditavam que nunca assistira O Poderoso Chefão. Um me dizia:"Nunca assistiu o melhor filme da máfia de todos os tempos?!" e eu, cabisbaixo, dizia que sim. Argumentava que o cinema é uma arte tão rica, que é impossível algum mortal não passar a vida carregando um "mico cinematográfico", o que continuo achando.

 E sem contar as diversas referências e paródias em filmes e seriados. Mas de maneira inexplicável nada me fazia despertar sequer a curiosidade. E de maneira mas inexplicável ainda, ao longo de 2, 3 meses, ficou guardado no meu subconsciente e, que volta e meia emergia para o lado dos pensamentos claros em forma de imperativos, "Você tem que assistir esse filme!", assim de uma hora para outra.

 Evidentemente chegou o dia em que não resistir e aluguei,( é, eu ainda alugo), a trilogia para me fartar de Poderoso Chefão. Mesmo tendo conhecimento que a terceira parte não alcançara o sucesso das duas primeiras, principalmente da segunda.

 E bem, não sei se é o melhor filme da máfia de todos os tempos, até porque outro "mico" que carrego, segundo me dizem, é de também não ter visto "Scarface", estrelado também por Pacino. Mas sem dúvida, compreendi que era um mico de fato não tê-lo visto.

 Gostei muito da abertura do primeiro, o fundo negro e o rosto em close do personagem, como um monólogo, gosto muito de cenas assim, deve ser por isso que gosto tanto do formato de Provocações da Tv Cultura, valoriza muito o indivíduo e o conteúdo de sua mensagem. Devo dizer que gostei mais do primeiro do que do segundo. O segundo é de uma qualidade impecável, mas achei o roteiro do primeiro fabuloso; gostei da idéia do casamento e logo após o "começo das dores", e o seu encerramento como o início de um novo ciclo. O terceiro de fato é inferior às duas primeiras partes, mas achei que tomou uma direção acertada para o encerramento da marca, (que originalmente o plano era encerrá-la na conclusão da 2º parte).

 Para variar, Marlon Brando, Pacino e Deniro, estão fantástcos. Pelo que vejo, Hollywood jamais será a mesma quando estes atores, e muitos de seus contemporâneos saírem de cena, o mesmo para os diretores, a julgar o que ela apresenta como "novos talentos", com pouquíssimas excessões.

 Devo também tecer elogios a Francis Ford Coppola, a riqueza de detalhes que ele consegue imprimir ao retratar grupos humanos é ímpar, coisa parecida tive na literatura com Aluísio Azevedo e seu Cortiço, e Flaubert.

Se você viu um filme que considere um verdadeiro "mico", alguém não ter visto, poste comentando, gosto muito de ouvir sugestões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário