Imagem: alexdario.blogspot.com |
Dezembro é o mês do suicídio. A taxa de suicídios eleva consideravelmente nesta época do ano. Geralmente nos grandes centros urbanos. Comparar a taxa de suicídios de um ano para o outro, pode tentar responder se a felicidade se estendeu igual a nossa economia, ou retrocedeu igual aos nossos valores, simbolizado pela campanha vergonhosa de preconceito na internet de Paulistas e Nordestinos.
O 12º mês é revelador de como anda as nossas tradições, se continuamos com o hábito do "é proibido demonstrar afeto sem o consumo", congestionando com os nossos pés os grandes centros comerciais, se continuamos com a crença de nos vestirmos de branco no último dia do mês, mesmo se descobrimos no término do futuro ano, que ele fora exatamente igual ao que está sendo superado, inclusive nos aspectos ruins. Se continuamos a pular as setes ondas, mesmo que se descubra no ano vindouro, que isto não adiantou nada e ainda rendeu uma torção no pé. E por fim, se continuamos a sair nas ruas abraçando as pessoas que amamos, e as que não amamos também.
Época que testamos os serviços públicos, os aeroportos, os hospitais, os transportes públicos, a polícia; e constatamos se somos palhaços ou não ao pagarmos os impostos. O bom senso e a falta dele é manifestada mais acintosamente, como vemos na solidariedade consciente até mesmo daqueles que pouco possuem, das árvores de natal que pegam fogo por causa de piscas-piscas vagabundos, dedos perdidos pelo manuseio imprudente de fogos de artifícios, bêbados mais bêbados que o comum, balões incendiários.
Dezembro não traz consigo apenas o esmaecimento do ano, ele também nos entrega uma síntese do que somos hoje. E quem sabe do que sempre fomos.
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